Eduardo Cunha se ofereceu espontaneamente para comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, na próxima quinta, 12, às 9h30, para prestar esclarecimentos.
O presidente da Câmara dos Deputados afirmou em evento no Rio, que o governo tenta dividir a crise política desencadeada pela Operação Lava Jato com o Congresso. Cunha citou como agravante a manifestação marcada para o próximo domingo (15) contra a presidente Dilma Rousseff (PT) — embora tenha se declarado contra os pedidos de impeachmeant, classificados por ele como "golpe".
"Houve uma tentativa de dividir o ônus em uma crise que está instalada dentro do Poder Executivo. A corrupção é da Petrobras, é do Governo. Se efetivamente quiserem transferir para o Congresso, foi o que eles tentaram, principalmente às vésperas das manifestações do dia 15, me pareceu uma atitude política", afirmou.
O pemedebista insistiu que houve interferência na confecção da lista com o nome dos parlamentares e ex-parlamentares que serão investigados. Cunha sublinhou que o autor do depoimento que o colocou sob suspeita é o mesmo que teria citado Antonio Anastasia, único político ligado ao PSDB.
"A gente vê que foi muito estranho o comportamento do Procurador (Geral da República, Rodrigo Janot) com relação a algumas pessoas. Não havia outra maneira de incluir o senador Anastasia se não validasse as declarações do policial que também falava de mim. Não poderia dizer que serviria para o Anastasia e não serviria para mim", enfatizou.
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