Vários parlamentares se manifestaram nesta segunda-feira (10) sobre a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, atingido na cabeça por um rojão quando cobria manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro.
Santiago, que tinha 49 anos, foi ferido na última quinta-feira (6) e se encontrava desde então em estado grave, sob tratamento intensivo. Na manhã de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio comunicou que o repórter cinematográfico recebeu diagnóstico de morte cerebral.
Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), a morte de Santiago “não pode ficar impune”. Em pronunciamento no Plenário, ela defendeu o direito amplo à livre expressão, mas sem “barbarismo e violência, que é inaceitável sob todos os aspectos”.
Alvaro Dias (PSDB-PR) pediu “providências drásticas” contra quem protesta fazendo uso da violência. Ele sugere que a polícia identifique essas pessoas e as impeçam de se manifestar. Na sua opinião, tais manifestantes criaram um clima de “insanidade” e “tumultuam para evitar que manifestações democráticas e pacíficas possam ter o apoio da sociedade”.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ressaltou a necessidade de o Estado garantir a segurança daqueles que, por dever profissional, são obrigados a acompanhar os atos de protesto que se tornaram frequentes no país desde junho do ano passado.
Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a “punição exemplar” dos responsáveis, mas entende que, “além de punir quem foi o culpado por essa morte, é preciso entender por que os meninos estão indo para as ruas”, sem o quê outros casos semelhantes virão.
– Por que um garoto se transforma em bandido ao pegar um foguete e usar dessa maneira criminosa?O que está acontecendo neste país que as pessoas estão tão violentas? – questionou.
Também se pronunciaram sobre o assunto os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Paulo Paim (PT-RS).
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